Oie :D Bom, hoje resolvi postar duas crônicas de minha autoria o/ Eu me lembrei de uma delas, quando li no Blog Café com Cianeto sobre o Socialismo e tal, então lembrei que tinha algo escrito 'na mesma linha'. E achei essa outra pequena crônica. Tem mais algumas, mas essas duas tem o mesmo humor sarcátisco. E por esse motivo ambas tem o mesmo título. Espero que gostem (e entendam o que eu quis dizer :O)
Eram 2 horas da tarde. O sol estava forte e brilhava como ouro. Adolfo abrira a porta da sua casa e logo enfiara a mão no bolso da velha calça que usava. Jogou algumas moedas em cima da mesa, conto-as e levou de volta ao bolso. Foi para o bar.
Na mesa do bar, Adolfo encontrou Josué e Marcos que discutiam sobre Política:
- A solução é o comunismo! – dizia Marcos
- Comunismo só da certo com peças de brinquedo Marcos! – argumentava Josué
- Olá caros amigos! – entrou Adolfo no meio da conversa. – Falam sobre o que?
- Política! Diz aí, comunismo não é asolução? – apontou Marcos
- Claro que é. Divisão do trabalho, nem o tal do Estado têm, todo mundo faz a sua parte e pronto.
- Acho que as coisas não são bem por aí- - insistiu Josué
- Claro que são, estou nessa pindaíba por culpa desse sistema capitalista explorador. Veja só como ganho pouco trabalhando naquela obra. É uma vergonha. E enquanto isso, o patrão viaja com a madame para um monte de lugar de gran fino.
O silêncio pairou alguns minutos na mesa.
- Poxa cara, e aquele jogão de ontem? – disse Adolfo rompendo o silêncio.
A conversa se desenrolou mais algumas horas, até que o dinheiro acabasse. Adolfo olhou no relógio e disse:
- Poxa cara, preciso ir. Daqui a pouco o patrão chega lá na obra e vai ver que eu não estou lá! Daí já viu né.. Vai me dar enrosco! Falou rapaziada.
Adolfo jogou as moedas na mesa, e partiu.
II
Em frente ao portão da escola duas mães aguardavam a saída dos filhos, e enquanto isso trocavam algumas fofocas.
- E você acredita menina? Mas sabe, eu sempre achei que ela não prestava. Olha, não é querendo ser fofoqueira, mas você lembra como ela se vestia? Era uma vergonha! Uma mulher de família não se veste daquele jeito. – dizia Maria Helena.
- Pegou ela na cama com outro! – apontou Diamantina
- Sem vergonha! Não pensou se quer nos filhos dela! – Maria Helena dizia inconformada – Eu, uma mulher de família, penso a cima de tudo nos meus filhos e no meu marido. É da minha índole.
- Eu também! Hoje em dia o que mais tem são mulheres que não se dão o valor.
A conversa de desenrolou mais um pouco até o sinal da escola tocar e uma multidão de crianças sair em disparada.
- Querida, beijinho a gente se fala depois – falou Maria Helena dando as mãos para sua filha.
- Claro querida! Manda um abraço pro Flávio!
Diamantina notou que havia caído um papel de guardanapo com algo escrito do bolso, de Maria Helena. Tentou avisa-la, mas já estava longe. Curiosa então, abriu o papel:
“Te encontro naquele mesmo lugar, hoje ás 21h. Ricardo.”
Então Diamantina deu um sorrisinho de canto e pensou:
- “ Hoje a noite vai ser longa com o Flávio”
Jogou o papel na calçada e saiu de mãos dadas com as crianças.